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A mostrar mensagens de abril, 2024

O comentador que foi notícia. O jornalista que é, afinal, político.

Os partidos já escolheram os seus cabeças de lista para as Europeias. Sim, vamos a votos, outra vez, no dia 9 de junho, na véspera do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (depois dos últimos comentários proferidos pelo Presidente da República, em que descobrimos que antigo Primeiro-Ministro é “lento” e o atual é “rural”, ficamos sempre alerta perante a possibilidade de novas “revelações”). Estas listas trouxeram, sem dúvida, muitas novidades. Da esquerda à direita: Marta Temido (PS), João Oliveira (CDU), Catarina Martins (BE), Cotrim Figueiredo (IL), Francisco Paupério (Livre) e António Tanger Corrêa (Chega) são cabeças-de-lista. E a Aliança Democrática (AD)? A AD conseguiu novamente chocar o país. Mais, até, do que o ADN que apostou em Joana Amaral Dias. É obra! Depois do choque que o país sentiu com a redução (reduçãozinha, vá) da carga fiscal em sede de IRS (situação em que todos os cidadãos perceberam mal a mensagem, menos Luís Montenegro, Joaquim Miranda Sarmen

A primeira medida do governo? Fácil: preparar eleições.

Começamos bem. Ironia! Na verdade, começamos muito mal. A primeira medida do novo governo de Portugal, liderado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, foi (e pasme-se) a mudança (ou, melhor dizendo, a reposição) do logótipo do governo. Finalmente, uma medida que resolve os problemas das pessoas. Ironia (outra vez)! Esta primeira decisão foi tomada apenas a pensar nas futuras (quiçá, em breve) eleições legislativas, aproveitando a boleia e o alcance do que são visões nacionalistas, conservadoras e, perdoem-me, tão retrógradas que até cai bem o adjetivo “bacocas”. Seja por uma mera questão de gosto, seja pela “simbólica” defesa do escudo e da esfera armilar… É assustador (preocupante, até) que um Primeiro-Ministro e toda a sua equipa tenham considerado que, num tempo tão desafiante e em que se ouvem as reivindicações, esta deveria ser a primeira medida. E foi. Mas lembremos a história: em junho de 2023, António Costa lançava um novo grafismo e refrescava a imagem do governo. Apenas e

Governo ou desgoverno?

E agora? Vamos ter um Governo? Após eleições, com resultados apurados, nomes apresentados e tomada de posse agendada (aquando da escrita deste artigo), a pergunta parece ridícula e a resposta seria óbvia. Mas não. Desta vez, a pergunta é oportuna e a resposta é, mesmo, complexa. Corremos o (sério) risco de termos, afinal, um desgoverno. As eleições foram a 10 de março. Os resultados expressaram, praticamente, um empate entre a Aliança Democrática (por favor, não confundir com Alternativa Democrática Nacional) e o Partido Socialista. Mas não só. Expressaram também a ascensão de um terceiro partido – decisivo nesta “matemática política”. Façamos então as contas: o Partido Socialista, com o apoio do Bloco de Esquerda, da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV), do Livre e do Pessoas-Animais-Natureza, soma mais deputados do que o Partido Social Democrata, que fica aquém mesmo quando tentamos resolver a equação com a coligação AD (ou seja, tendo em consideração os deputados do PSD e do CDS