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A primeira medida do governo? Fácil: preparar eleições.

Começamos bem. Ironia! Na verdade, começamos muito mal. A primeira medida do novo governo de Portugal, liderado pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, foi (e pasme-se) a mudança (ou, melhor dizendo, a reposição) do logótipo do governo. Finalmente, uma medida que resolve os problemas das pessoas. Ironia (outra vez)! Esta primeira decisão foi tomada apenas a pensar nas futuras (quiçá, em breve) eleições legislativas, aproveitando a boleia e o alcance do que são visões nacionalistas, conservadoras e, perdoem-me, tão retrógradas que até cai bem o adjetivo “bacocas”. Seja por uma mera questão de gosto, seja pela “simbólica” defesa do escudo e da esfera armilar… É assustador (preocupante, até) que um Primeiro-Ministro e toda a sua equipa tenham considerado que, num tempo tão desafiante e em que se ouvem as reivindicações, esta deveria ser a primeira medida. E foi. Mas lembremos a história: em junho de 2023, António Costa lançava um novo grafismo e refrescava a imagem do governo. Apenas e

Governo ou desgoverno?

E agora? Vamos ter um Governo? Após eleições, com resultados apurados, nomes apresentados e tomada de posse agendada (aquando da escrita deste artigo), a pergunta parece ridícula e a resposta seria óbvia. Mas não. Desta vez, a pergunta é oportuna e a resposta é, mesmo, complexa. Corremos o (sério) risco de termos, afinal, um desgoverno. As eleições foram a 10 de março. Os resultados expressaram, praticamente, um empate entre a Aliança Democrática (por favor, não confundir com Alternativa Democrática Nacional) e o Partido Socialista. Mas não só. Expressaram também a ascensão de um terceiro partido – decisivo nesta “matemática política”. Façamos então as contas: o Partido Socialista, com o apoio do Bloco de Esquerda, da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV), do Livre e do Pessoas-Animais-Natureza, soma mais deputados do que o Partido Social Democrata, que fica aquém mesmo quando tentamos resolver a equação com a coligação AD (ou seja, tendo em consideração os deputados do PSD e do CDS